segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Estudo sobre o Interesse Sexual Feminino - 10% dos homens portugueses dizem ter falta de interesse sexual



Os resultados do “Estudo transcultural sobre factores associados ao interesse sexual masculino” coordenado por Ana Carvalheira saíram hoje no Jornal Público.  O cansaço e o stress profissional parecem contribuir cada vez mais para a falta de interesse nos homens portugueses. 

10,5% (de uma amostra de 2863 participantes) dos inquiridos admitiram ter tido falta de interesse sexual por um período de pelo menos dois meses ao longo do último ano que, segundo Ana Carvalheira,  é um valor “elevadíssimo, sobretudo se tivermos em conta que a amostra tem uma média de idades que anda na casa dos 30 anos”.

O grupo mais afectado teve idades compreendidas entre os 30 e os 39 anos (24,1%), seguindo-se os homens com 40 a 49 anos (21,5%) e os com 50 a 59 anos (21,4%). Os homens com mais de 60 anos foram os que reportaram menos problemas (10%), seguidos dos homens com 18 a 29 anos (16,7%).

 “Este estudo permite-nos perceber que a perda de interesse sexual nos homens, e que estava pouco estudada, não é uma equação simples, tal como não é nas mulheres. Os homens também são perturbados por questões interpessoais e emocionais, ainda mais em faixas etárias que correspondem a períodos de grandes acontecimentos da vida, como a paternidade, o casamento e também o divórcio e a carreira profissional”, sublinha Ana Carvalheira. A análise permitiu também perceber que os homens que reportaram falta de interesse sexual revelaram mais vezes elevados níveis de ansiedade e depressão.

Segundo a autora as mudanças sociais, nomeadamente ao nível do papel da mulher e do homem poderão contribuir para estes dados: “Assistimos hoje a uma enorme banalização do sexo e essa retira o erotismo. Acredito que uma das grandes razões seja essa. Não há um sentido do privado e é tudo explícito, o que não permite espaço para a elaboração e imaginação”. Quanto às situações clínicas associadas a  esta insatisfação, a investigadora indica que 32,5% dos homens portugueses referiram a dificuldade em conseguir ou manter a erecção e 26% disserem ter ejaculação rápida. Há ainda 11,7% que não conseguem mesmo atingir o orgasmo e 2,5% que sentem dor. 

Texto adaptado a partir da Notícia Publicada no Jornal Público

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